Este estudo foi coordenado pelos investigadores Bruno de Jesus e Maria do Carmo-Fonseca, onde através de células de ratos concluíram que a partir de uma lista de genes, que um deles manifestava-se em maior grau nas células mais velhas.
A pergunta que se questionaram e que foi um ponto de partida para a investigação, foi se "a diminuição dos níveis deste gene nas células velhas" se manifestava num "comportamento idêntico" das respetivas células "ao das células novas".
Segundo o investigador, que trabalha no laboratório de regeneração genética do IMM, liderado por Maria do Carmo-Fonseca, esta também presidente do instituto, o estudo concluiu que sim.
Bruno de Jesus explica que, quando se envelhece, “há uma barreira” na reversão de uma célula adulta para uma estaminal, sendo esta a célula capaz de se destacar dentro de outras células.
Com a aquisição de uma nova célula, é possível que o processo de reversão seja conseguido, de acordo com o investigador.
Ambos comprovaram este mecanismo com o estudo de células retiradas da pele de ratos mais velhos e de mais novos.
Com a redução do gene expresso nas células dos ratos mais velhos, a equipa foi capaz de "reverter células adultas em células estaminais.
Uma vez que essas células estaminais obtêm a capacidade de se destacar e autorrenovar, este estudo pode ser um benefício para, num passo seguinte, se perceber, travando a ação do gene presente nas células velhas, se estas, ao ‘transformarem-se’ em células estaminais, podem ser um substituto das células destruídas e, assim, regenerar tecidos.
"Os resultados são um importante avanço no sentido de virmos a ser capazes de regenerar tecidos doentes em pessoas idosas", prolongou Bruno de Jesus, citado em comunicado pelo Instituto de Medicina Molecular João Lobo Antunes.
